Entre um trabalho e outro, dou uma paradinha... só para respirar. Passo por aqui e imagino estar entre almofadas ou sentada no tapete. Leio, escuto música, relembro filmes e trilhas sonoras (eu adoro !!!). Penso até no que incomoda ou revolta...não fujo! Lembro das amizades presentes e distantes, dos momentos felizes, engraçados ou picantes. Sinto saudade. Reorganizo as idéias e aí dá para relaxar. De quando em quando penso no trabalho ou assuntos voltados à minha área de atuação, mas não é este o objetivo principal. Quando sobra tempo, deixo uma postagem sobre estes temas e quero muito agradar. Vem comigo ! Deixe um comentário ou mande um e-mail. Vou adorar !

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Oração do Advogado

Como hoje é dia do advogado, escolhí postar uma oração que poucos conhecem. A Oração do Advogado. Leiam, vale a pena!


ORAÇÃO DO ADVOGADO
 
Senhor!
Abençoa a minha função de advogado.
Faze que eu seja um testemunho verdadeiro
a serviço da liberdade, da justiça e da paz.
Dá-me saúde para trabalhar,
e equilíbrio para pensar e agir;
seriedade para me aperfeiçoar,
e sabedoria para conciliar justiça e lei.
Aumenta a minha fé
para atuar com paciência à luz da verdade.
Na constante jornada do Direito,
inspira-me para que eu seja leal a todos:
juízes, promotores, clientes e adversários.
Tu sabes, ó Mestre,
que minhas forças não são suficientes,
mas com tua ajuda serei forte,
agirei como um conselheiro, servindo com amor e alegria,
visando o bem-estar humano e social.
Enfim, quero celebrar as vitórias
e êxitos alcançados,
e agradecer-te pela vocação que me confiastes,
no propósito de construir
uma sociedade justa e fraterna.
Amém!

As orquídeas são lindas !

Hoje, 11 de agosto, comemora-se o dia do advogado. Acabei de receber orquídeas vinho. São lindas. Meu marido teve muito bom gosto ao escolhê-la. No cartão ele escreveu: "Com uma postura elegante e seu jeito sofisticado, a sua intransigência com a injustiça e ilegalidade. Solidariedade com o inocente e dureza com o infrator, faz de você defensora da democracia e liberdade perfeitas, em prol de uma sociedade mais justa. Amei!!!! Obrigada meu amor.

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Façamos o que fomos chamados a fazer

No livro "Fortalecendo-se nas Fases da Vida", Charles Swindoll escreve: "Um dia, os animais decidiram que deviam tentar fazer alguma coisa significativa para solucionar os problemas do mundo. Para isso eles organizaram uma escola. Adotaram um currículo de atividades que incluía corrida, alpinismo, natação e vôo. A fim de simplificar a administração da ecola, todos os animais assumiram todas as matérias. O pato era excelente em natação. Na verdade, ele era melhor do que o seu instrutor! No entanto, ele só tirou notas suficientes para passar em vôo e foi muito mal na corrida. Como era muito lento para correr, foi obrigado a trancar a matéria natação e ficar depois das aulas para praticar corrida. Isto fez com que seus pés de pato ligados por uma membrana se desgastassem gravemente, de modo que ele passou a ter um desempenho medíocre em natação. Mas, 'mais ou menos' era bastante aceitável, por isso ninguém se preocupou, a não ser o pato. O coelho ficou em primeiro lugar na sua turma em corrida, mas desenvolveu espasmos nos músculos das patas porque precisou se esforçar muito para nadar. O esquilo era excelente em alpinismo, mas ficava constantemente frustrado nas aulas de voo quando seu professor fazia com que ele decolasse do chão em vez do topo das árvores...por isso ele só conseguiu tirar um "C" em alpinismo e um "D" em corrida. A águia era uma aluna problema e foi repreendida severamente por ser considerada rebelde. Nas aulas de alpinismo ela ultrapassava todos os outros na subida, mas só conseguia isso porque sempre insistia em usar os seus próprios métodos para chegar ao topo da montanha!". Este texto me fez lembrar o que lí na Bíblia (o livro mais vendido no mundo), onde Paulo escreveu que "Tendo, portanto, diferentes dons...vamos usá-los..."(Romanos, 12:06).

Basta acreditar! Deus nos deu várias capacidades e também algum dom específico que nos realiza. Então, vamos nos entregar a eles. Sejam felizes!

Condenação Sem Cadáver ?

Há algumas semanas, a Mônica, uma amiga, perguntou-me sobre a possibilidade de o Brunno e seus comparsas serem condenados, uma vez que o corpo de Eliza não havia sido encontrado. Expliquei a ela e decidi escrever sobre o assunto. O artigo simples e sem as minúcias jurídicas (para que as pessoas entendessem) foi publicado no Diário de Guarulhos. Deixo aqui para que leiam. Beijos,


É possível condenação sem cadáver? Esta é a pergunta que está na boca das pessoas nos últimos dias. O caso Bruno tem gerado dúvidas a esse respeito, principalmente, depois de o advogado dele fazer afirmação de que se não há corpo não há crime. Existem até especulações de que Eliza estaria viva. Particularmente, não acredito! Penso até que por trás deste crime existem motivações que não as apontadas. A meu ver, ela sabia demais.

A resposta à pergunta é SIM. É perfeitamente possível alguém, acusado de crime de homicídio, ser condenado sem a existência do corpo (prova material). Condenação sem cadáver não é novidade nos tribunais brasileiros. O processo Penal Brasileiro tem como um dos princípios, a busca da verdade através da prova real. Isto significa que se pode fazer prova através de diversas maneiras, quais sendo, testemunhais, periciais, documentais, podendo concluir indiretamente que o crime aconteceu. A primeira fase processual, nos casos de crime contra a vida, exige apenas juízo de admissibilidade da acusação, não é necessária prova incontroversa do crime, para que o réu seja pronunciado. As dúvidas quanto à certeza do crime e da autoria deverão ser esclarecidas quando do julgamento pelo Tribunal do Júri. E lá, são juízes leigos que julgarão, ou seja, pessoas escolhidas do povo.
Um dos exemplos foi o que aconteceu com Maria Denise Lafetá Saraiva, morta em Uberlândia, Minas Gerais, em 1988. O principal suspeito era seu marido Daci Antonio Porte. Nunca se encontrou o corpo. Este fato foi julgado pelo Tribunal do Júri, quando DACI foi condenado a treze anos de prisão.
Relembrando o caso: em 1988 a jovem DENISE LAFETÁ desapareceu deixando uma filha pequena. Todos passaram a procurá-la. O inquérito Policial foi instaurado e DACI ANTONIO foi indiciado e denunciado pela prática de homicídio qualificado, além do crime de ocultação de cadáver.
Outro caso semelhante de crime sem cadáver é o de MICHELLE DE OLIVEIRA BARBOSA, que foi vista pela última vez no dia 10 de julho de 1998, adentrando um veículo GM/ÔMEGA com um homem bem vestido e de cabelo grisalho. O Ministério Público acusa que o veículo seria de JOSÉ PEDRO e o “homem grisalho” ele próprio. José Pedro manteria um relacionamento amoroso e adulterino (o mesmo era casado) com a vítima. Desta relação, teria resultado uma provável gravidez, daí o interesse do réu em eliminá-la. O acusado nega a existência de qualquer relacionamento íntimo entre ele e MICHELLE, bem como, nega que a matou. O corpo dela está desaparecido. O advogado dele alega, como no caso de Bruno, que não há prova da materialidade do crime, nem indícios de autoria.
Por isso existem várias decisões que não excluem a possibilidade da pronúncia em razão da inexistência do corpo, embora se exija que o juiz esteja convencido da existência do fato. É necessário, também, que existam “indícios suficientes da autoria”, ou seja, elementos que indiquem a probabilidade de ter o acusado praticado o crime”.